17 julho 2012

Revolução no Coração *XXXI

Se eu quisesse mais alguém não estava sequer aqui. Não falava, não te dava o meu coração para guardares, muito menos sentia o frio que me provocas no corpo.
Perder-te nunca esteve nos meus planos, mas nem à quarenta e oito horas, a minha vontade era fugir de ti, pôr pés ao caminho e não voltar a olhar para trás.
As pessoas às vezes precisam disso, de falhar para perceber o falhanço. Talvez não me percebas, nem metade do que te escrevo, ou do que te digo. Mas as palavras não se cansam para ti. É repetitivo, e cheguei mesmo a uma altura em que julgava ter secado todo o imenso mar de amor que tenho vindo a criar contigo Nunca pensei chegar onde cheguei. E isto soa tão cliché que até dói ao ler, ao fim de 6 meses.
E logo naquela noite, aquela esperança que não era muita. Era mais o medo de me afeiçoar a ti, a algo que eu sabia que estava a nascer dentro de mim. E o pior seria descobrir que não passaria de mais uma conquista para ti. 
Não o sou para ninguém, somente para ti, porque a verdade é que me conquistaste com aquele primeiro beijo e com o facto de tratares tão bem do meu coração magoado. Ele habituou-se a ti, tal como eu imaginara.
E o medo que tivera passou a certezas quando o contacto se manteve. Estiveste lá dia e noite, com alegria e tristeza à mistura. 
Tornaste-te um turbilhão de tudo em menos de nada. Tornaste-te o Céu na Terra. E o sal no mar. Adoçaste-me a vida, afastaste as águas escuras. E quando eu soube que te amava, tu já me amavas antes.
Sinceramente, contigo sinto-me em casa. 
A casa nº 6.
  

1 comentário:

Vírgula, disse...

Escreves muitíssimo bem ! :)