19 setembro 2012

Infinitamente


No meio da multidão, consigo encontrar-te. O céu está encoberto, a rua vazia, eu vou continuar a ouvir-te lá bem ao fundo. Vou sair à rua, correr com o cabelo a bater-me na cara, sem saber que rumo tomar, e como que por magia, tu vais aparecer ali. Vais abraçar-me e eu vou saber novamente que tu és real, não és um engano do meu imaginário. Não és um heterónimo que criei para me refugiar. És algo mais. És tudo quando tudo o que tenho não é nada comparado contigo. Este sabor de saudade só transforma tudo o que nutro por ti em arte que só eu consigo criar. 
OITO. 
É um número infinito, tal como a imagem da minha mão sobre a tua. Passam em retrospectiva todas as memórias que partilhámos nestes últimos tempos e só espero algo melhor por parte do futuro, sem medos ou receios. 
Contigo só quero ter certezas.

(rascunho de 17 de Setembro de 2012)

Sem comentários: