03 junho 2014



Acho que não tem nada a ver com a idade, esta ideia que tenho do tempo. O tempo que passa cada vez mais depressa, os meses e dias que passam a voar pela minha vida, sem que eu perceba sequer que este último ano passou num piscar de olhos.
Fico a matutar numas palavras que me disseram: "O tempo passa mais depressa porque há meios, há tecnologias, as pessoas gastam o tempo ao computador e ao telemóvel, tempo esse que passa, e nem se dá conta dele. Antigamente, quando faltava a luz, as pessoas não faziam disso um bicho de sete cabeças. Falavam, ficavam à lareira, havia tema de conversa. Hoje em dia é um problema, uma grande chatice. "Não há" assunto, as pessoas querem ir para o facebook e não podem!". É verdade quando se diz que hoje em dia existem imensas distrações, mas que apesar disso as horas e os minutos estão sempre a contar.
Lembro-me em pequena de brincar imenso, dos meus dias serem do tamanho de semanas, de me perder nas minhas brincadeiras e imaginários. 
Cresci e invariavelmente os interesses passaram a ser outros, o computador, o telemóvel, o lado social, tudo veio ao de cima e o tempo que eu tinha de brincadeira com 8 anos, com 19 anos é "queimado" entre faculdade, estudo, novas tecnologias, redes sociais, etc. 
Perdi tempo de qualidade, confesso. Daquele tempo bom, que demorava a passar. Mergulhei na era do viver à pressa, sempre on, sempre em cima, sempre ligada, o tempo sempre a passar. E às vezes, o que faz falta é só um pouco mais de tempo. 
Tempo que já não temos.

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