09 dezembro 2014

NATAL - Vivemos muito o "eu" e pouco o "nós", os "outros"

 

Tenho a certeza que nem todos interpretamos o Natal da mesma maneira: uns dão mais importância ao estar com a família, outros gostam da mesa cheia de comida; outros simplesmente odeiam a época festiva; outros vibram de tal forma que enchem a casa com tudo o que encontram alusivo à data; outros querem presentes e mais presentes, uma festa!
E depois há quem equilibre todos estes aspectos. E para mim, é esse o truque.
Acho que o Natal pode ter tudo isto e para mim, é muito mais a união e o convívio em família, que propriamente o resto.
Mas não sejamos modestos: é óptimo receber presentes (acho que todos gostamos da ansiedade, de descobrir o que está por detrás daquele embrulho), é óptimo podermos encher a mesa com o que mais gostamos.
Mas se pensarmos duas vezes, nem toda a gente tem capacidade de ter uma ceia de Natal ou um almoço digno, já para não falar do brinquedo que o filho tanto quer e não pode ter.
O que mais me entristece nesta altura do ano é o facto de nos virarmos muito para ajudar os outros. 
Não é que seja uma coisa má, de todo, mas tendemos a esquecê-los durante o resto do ano.
Continuam a enfrentar dificuldades. 
O Natal passa, tal como passam tantas outras festividades durante o ano, e as mudanças não chegam com o tempo.
Vivemos muito o "eu" e pouco o "nós", os "outros".
Lembro-me da experiência de voluntariado que tive num bairro social, e de como foi difícil lidar com as realidades, tão diferentes da minha mas, infelizmente, tão comuns nos dias de hoje.
Um banho de realidade é o que muitas vezes precisamos para acordar e perceber que nem todos vêe o copo meio cheio. 
Tantas vezes esse mesmo copo está vazio.

1 comentário:

Cláudia S. Reis disse...

Eu adoro o Natal, em todas as suas vertentes. E tento preocupar-me com quem mais precisa não só nesta época mas durante todo o ano. Também não posso fazer grande coisa mas mesmo o pouco é muito!