Março traz a continuação dos dias (cada vez mais) longos, onde o sol se atreve em cada buraco que encontra. As janelas pedem uma lufada de ar. Os tons da casa mudam: tornam-se claros, trasmitem luz, reflectem estados de espírito.
A Primavera é a minha estação.
Traz-me sentimentos que não tenho o resto do ano, nem mesmo no Verão. As pequenas coisas que me enchem o coração estão na primavera: o sol acolhedor e quente q.b., os olhos fechados e o aproveitar da vida numa esplanada ou jardim, os novos cheiros, os cheiros que são somente a primavera, a flores, muitas; os sabores que conheço desde nova, das nêsperas acabadas de colher, dos almoços na varanda, no quintal, com peixe grelhado e morangos como sobremesa; as roupas tão claras que nos aproximam da (pouca) roupa de verão.
Março é isto. Já não se pensa no Inverno. Querem-se os dias que virão. A certeza de que há ciclos que se cumprem. Ciclos que se alteram, que se transformam e que se confundem cada vez mais. Já não temos as quatros estações, mas temos as memórias que guardamos delas.
A Primavera continua a ser o meu grande amor.
Março, em particular, é sinónimo de celebrações. Pessoas que me são (tão) queridas enchem este mês de carinho, festa e amizade a redobrar.
A partir de hoje, sou (ainda) mais feliz.
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