26 janeiro 2018

DIA A DIA || Relações com o ginásio

Via Pinterest

Era daquelas pessoas muito descrentes sobre o ginásio. Achava uma perda de tempo, uma perda de dinheiro e um espaço onde todos julgariam todos.
Claro que a nossa opinião sobre algo só começa a mudar quando experimentamos o outro lado e é um pouco isso que me tem acontecido desde que me inscrevi no ginásio.
A nossa experiência vai ser sempre fruto do local que frequentamos, das horas a que o frequentamos, do nosso empenho para atingirmos objectivos e algumas vezes das pessoas que nos acompanham e fazem o treino valer a pena. Para além disso também conta se estivermos a dar mais de 100% quando lá vamos...

Para 2018 delineei um objectivo que começou já no final de 2017: fazer do ginásio e do exercício uma prioridade para transformar a massa gorda em massa muscular.
Fui capaz de colocar a preguiça de parte e percebi que poderia ter e ser muito mais com um pouco de empenho e muito suor e assim melhorar a minha saúde.
Tornamo-nos automaticamente melhores quando temos mais energia e mais força física e mental.
Por causa desta história do ginásio ser muito recente no meu dia a dia, fiquei a pensar numa conversa que tive há uns dias em conversa com outra pessoa que também frequenta o ginásio.
Falávamos sobre a pressão que existe dentro das paredes de um ginásio.

Encontro no meu dia-a-dia de ginásio dois extremos muito opostos no que toca a mulheres: a versão "bonita", essencialmente das mulheres, e uma preocupação (justificada?) de dar atenção a pormenores como treino com maquilhagem, um outfit a condizer e sem nada ali a sair do sítio; e a versão de mulheres com curvas, com uns quilos a mais, com celulite, que entram num campo de batalha chamado ginásio para (felizmente!) construírem uma melhor versão delas próprias e que as leve a ter uma melhor saúde. Até lá há um caminho árduo onde reinam t-shirts largas, olhares indiscretos e uma pressão enorme quando aquele corpo concorre com o corpo trabalhado que está logo ali ao lado.
Não sou ninguém para julgar os outros - desde a pessoa que escolhe arranjar-se mais até à que se esconde atrás de uma t-shirt larga - uma é tão válida como a outra!
Porque no fim do dia o factor psicológico é muito forte, a pressão é elevada e igualmente válida para os dois casos.

O ginásio, para além do espaço de treino é, por si só, um espaço que resultaria num bom estudo sociológico sobre todos os tipos de pessoas que ali encontramos. Tenho a certeza de que encontraríamos aspetos muito engraçados e reveladores de quem somos e, principalmente, do que queremos ser. 


Para já encontro-me numa fase de início de namoro de um sítio que julgava odiar e de uma vontade de me superar mais cada vez que lá meto os pés.
É um processo de descoberta, de aceitar que tudo chega no seu tempo e que vamos sempre a tempo de mudar de opinião.
Andar nesta vida é também reflectir sobre o que somos para nós e para os outros e onde é que queremos encaixar ou se queremos encaixar sequer em alguma ideia que não os nossos próprios sonhos e objetivos. 


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