05 fevereiro 2018

EXPERIÊNCIAS // Filme-concerto Harry Potter e a Câmara dos Segredos

Fotografia da minha autoria. Não retirar. 

No passado fim de semana tive a oportunidade de ir a uma experiência muito gira.
Sinto que cresci numa geração privilegiada no que toca a filmes, séries, livros, desenhos animados.
Dizer a plenos pulmões que cresci na época dourada da Disney ou que ainda que me lembro perfeitamente da primeira cassete do Harry Potter, ainda dobrada em português, deixa-me verdadeiramente feliz porque aprendi e sonhei muito com tudo aquilo que lia e via. Ainda hoje não é possível desligar destes mundos. Eles fizeram e fazem parte daquilo que hoje sou.
Desta forma, e aproveitando uma prenda de natal muito especial, fui assistir ao filme-concerto Harry Potter e a Câmara dos Segredos ao vivo, com a magnífica Orquestra Filarmónica das Beiras a acompanhar toda a banda sonora do filme.
Esta experiência começou o ano passado, com a exibição do primeiro filme, Harry Potter e a Pedra Filosofal. Na altura, quando percebi que tal ia acontecer, já não fui a tempo. Só quando vi imagens do concerto é que percebi o que tinha perdido.
Felizmente decidiram continuar com este conceito de filme-concerto e este ano foi a vez do segundo filme.
Se gostam de Harry Potter, rever um dos filmes numa tela grande e numa mega sala como é a do Altice Arena é qualquer coisa de especial. Se lhe juntarem uma orquestra que toca as músicas que todos nós, fãs do feiticeiro mais conhecido do mundo, conhecemos têm o serão perfeito.
Confesso que arrepiei-me logo nos primeiros acordes quando o filme começou. Como é possível esta sensação de já termos visto o filme centenas de vezes - tenho o DVD riscado de tantas vezes que o vi - e continuarmos a encontrar pormenores e a apaixonarmo-nos outra vez por aquele mundo?
A Orquestra foi irrepreensível e muitas foram as vezes que me esqueci que eram eles que acompanhavam a música do filme. Não que isso seja mau! Mas entramos de tal forma na história que tudo estava perfeitamente alinhado - as falas e a música estavam numa sintonia extraordinária, fruto do trabalho e dedicação dos músicos que têm essa coisa de fazer magia com os seus instrumentos. 
A minha cabeça já está no próximo filme que só passa para o ano que vem.
Até lá, há sempre a coleção em casa para rever!


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26 janeiro 2018

DIA A DIA || Relações com o ginásio

Via Pinterest

Era daquelas pessoas muito descrentes sobre o ginásio. Achava uma perda de tempo, uma perda de dinheiro e um espaço onde todos julgariam todos.
Claro que a nossa opinião sobre algo só começa a mudar quando experimentamos o outro lado e é um pouco isso que me tem acontecido desde que me inscrevi no ginásio.
A nossa experiência vai ser sempre fruto do local que frequentamos, das horas a que o frequentamos, do nosso empenho para atingirmos objectivos e algumas vezes das pessoas que nos acompanham e fazem o treino valer a pena. Para além disso também conta se estivermos a dar mais de 100% quando lá vamos...

Para 2018 delineei um objectivo que começou já no final de 2017: fazer do ginásio e do exercício uma prioridade para transformar a massa gorda em massa muscular.
Fui capaz de colocar a preguiça de parte e percebi que poderia ter e ser muito mais com um pouco de empenho e muito suor e assim melhorar a minha saúde.
Tornamo-nos automaticamente melhores quando temos mais energia e mais força física e mental.
Por causa desta história do ginásio ser muito recente no meu dia a dia, fiquei a pensar numa conversa que tive há uns dias em conversa com outra pessoa que também frequenta o ginásio.
Falávamos sobre a pressão que existe dentro das paredes de um ginásio.

Encontro no meu dia-a-dia de ginásio dois extremos muito opostos no que toca a mulheres: a versão "bonita", essencialmente das mulheres, e uma preocupação (justificada?) de dar atenção a pormenores como treino com maquilhagem, um outfit a condizer e sem nada ali a sair do sítio; e a versão de mulheres com curvas, com uns quilos a mais, com celulite, que entram num campo de batalha chamado ginásio para (felizmente!) construírem uma melhor versão delas próprias e que as leve a ter uma melhor saúde. Até lá há um caminho árduo onde reinam t-shirts largas, olhares indiscretos e uma pressão enorme quando aquele corpo concorre com o corpo trabalhado que está logo ali ao lado.
Não sou ninguém para julgar os outros - desde a pessoa que escolhe arranjar-se mais até à que se esconde atrás de uma t-shirt larga - uma é tão válida como a outra!
Porque no fim do dia o factor psicológico é muito forte, a pressão é elevada e igualmente válida para os dois casos.

O ginásio, para além do espaço de treino é, por si só, um espaço que resultaria num bom estudo sociológico sobre todos os tipos de pessoas que ali encontramos. Tenho a certeza de que encontraríamos aspetos muito engraçados e reveladores de quem somos e, principalmente, do que queremos ser. 


Para já encontro-me numa fase de início de namoro de um sítio que julgava odiar e de uma vontade de me superar mais cada vez que lá meto os pés.
É um processo de descoberta, de aceitar que tudo chega no seu tempo e que vamos sempre a tempo de mudar de opinião.
Andar nesta vida é também reflectir sobre o que somos para nós e para os outros e onde é que queremos encaixar ou se queremos encaixar sequer em alguma ideia que não os nossos próprios sonhos e objetivos. 


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04 janeiro 2018

DIA A DIA || Começar de novo. Olá, 2018!

2017 foi um ano em grande para mim, o que me motiva a querer fazer de 2018 um ano igualmente bom.
O ano que terminou há uns dias teve tantos pontos altos que os baixos foram arrumados e serviram de lição (ou pelo menos assim espero).
2017 foi um ano em que voltei a concentrar forças e atenções numa única pessoa: eu própria.
Ser melhor comigo e com os outros foi uma das minhas missões, mas é daquelas que levamos todos os anos, para toda a vida.
Para além disso, começou a crescer em mim uma vontade ainda maior em planear, ir, não ter medo do inesperado, aprender a gerir ansiedades e a reagir ao que nem sempre está nas nossas mãos (working on that!).
Para 2018 trouxe essa vontade comigo, de continuar a aproveitar mais e queixar-me menos.

Delineei alguns objetivos/desafios que gostava de ultrapassar. Não gosto de listas exaustivas porque, tal como a maioria das pessoas que as faz, acabo o ano frustrada por ter depositado tanta esperança em mim para, no fim, deixar metade dos objetivos por cumprir.
Sonhadora qb, estes são alguns dos meus objetivos para este ano, com a certeza de que a lista não termina aqui.


Escrever mais
Pois. Certo. Este teria de ser dos primeiros. O facto de ter terminado a faculdade faz com que não dedique muito tempo à escrita, seja ela ligada à minha área ou mais livre. 
No trabalho o processo também é um pouco automático. Há criatividade, seguimos um padrão porque assim tem que ser, embora existam diversas formas de comunicação.

Quero dedicar mais tempo à escrita e, a isso associado, atualizar mais o blog.
Amor por esse cantinho office. Eu sou a tarada das composicoes de parede ne? kkkkk


Ler mais
Acho que não li nenhuma lista de objetivos de outros bloggers que não tivesse este ponto!
A verdade é que eu gostava de ler e chegava a ler alguns livros por ano.
A entrada na faculdade tornou-se uma desculpa para eu começar a ler menos livros e mais textos técnicos que precisava para as cadeiras. E essa desculpa prolongou-se durante os 3 anos de licenciatura, quando comprava uma revista aqui e ali para mostrar a mim mesma que ainda lia qualquer coisa. Mas essa qualquer coisa não substitui o prazer que é ler um bom livro.
A gota de água foi quando experimentei ler um livro que morou na mesa de cabeceira durante meses. Tornou-se enfadonho e foi a primeira vez que não consegui terminar um livro. A partir desse livro a vontade para me dedicar à leitura desapareceu.
Tenho feito algumas tentativas para voltar porque preciso e porque gosto.
Quero MUITO que este seja o ano em que os livros se tornarão novamente uma rotina.


can someone give me some good book recommendations, please? thank you




Menos televisão
Ler mais implica desligar mais vezes a televisão. E quando digo mais vezes digo gastar menos tempo a ver coisas pouco interessantes e que dificilmente me enriquecem. Se quero aproveitar o tempo à frente da televisão, quero fazê-lo com mais qualidade.


That wooden sideboard below the television + gallery wall around the TV!! Click through to see more of this lovely room!



Mais experiências, menos bens materiais
Na verdade não sou muito consumidora de bens materiais. Mas acho sempre que posso comprar menos e faço até um esforço quando estou perante algo e penso "isto valerá mesmo a pena? quero gastar dinheiro nisto? já pensaste que podias poupar esse dinheiro para ires almoçar ou guardares para uma viagem?"
Sim, na maioria dos dias eu sou esta pessoa que prefere gastar dinheiro em experiências que me fiquem na memória do que em objetos, roupa, bens materiais que, na maioria das vezes, não têm ou perdem o seu valor.
Seguindo esta linha de pensamento, quero que 2018 seja um ano com mais experiências e menos bens. Um ano em que eu sinta que estou a investir dinheiro no que realmente importa. Isto não implica que não possa comprar bens materiais, MAS quero chegar ao fim do ano a sentir que vivi mais do que acumulei no roupeiro, por exemplo.
E aqui também entra algo de que gosto muito: ir, passear, conhecer novos lugares e revisitar os antigos.


ᴛɪʀᴇᴅ



Aventurar-me mais, experimentar mais
Este ponto está de certa forma relacionado com o anterior e também já vem do ano anterior, mas quero melhorá-lo.
Não ter medo de correr (alguns) riscos e vencer medos é sempre um bom objetivo porque, acima de tudo, não há nada que pague a sensação de superação pessoal (e de equipa também!).
Agarrado a isto vêm as experiências, sejam elas de qualquer tipo. Por exemplo, nos últimos anos aprendi a gostar de mais comidas/alimentos. Para mim é uma vitória.
Não temos que gostar de tudo, é verdade, mas podemos experimentar, várias vezes até, para percebermos se de facto gostamos ou não. E isto aplica-se a quaseee tudo.



@ematimofei



Estar mais presente
Todos gostamos de redes sociais, mas (quase) todos pensamos no mesmo: desligar por um bocado.
E para mim tem sido exatamente o oposto: tenho estado mais ligada do que nunca e não gosto disso. É assustador pensar que só me lembro de dois momentos específicos de 2017 em que decidi desligar-me e não postar nada: a última noite na Disney e o fim de semana de canoagem em que estive sem internet.
Nós vivemos ligados e estamos constantemente disponíveis para os outros mas quando é que estamos realmente disponíveis para nós próprios e para aqueles que estão presentes fisicamente?
Este tema dava para encher páginas. Mas não as quero encher; quero antes evitar fazer parte desta maioria e aprender que o que está a acontecer online pode muitas vezes esperar.
Este é dos difíceis, mas é dos mais necessários. Estar presente para aqueles que estão presentes. 


/


Voluntariado
Este é um outro regresso que tenho vindo a adiar.
Voltar a fazer voluntariado tem sido uma ideia que quero pôr em prática, mas que era adiada por falta de tempo, tempo esse que eu quase sempre tive, foi apenas mais uma desculpa.
O primeiro passo já está dado. Inscrevi-me em algo de que gosto muito e onde acho que posso ajudar.
Acredito que vivemos para fazer a diferença na vida dos outros.
Sempre gostei de conhecer as histórias dos outros, principalmente quando estas são tão diferentes da realidade em que vivemos. E voltar a fazer voluntariado é, sobretudo, contribuir para melhorar essas histórias.


We can't help everyone but everyone can help someone.

Nota: Todas as fotografias são da minha conta no Pinterest



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30 setembro 2017

NEXT STOP || Praga, República Checa


Sabem a história do Hansel e da Gretel e da famosa casinha de chocolate?
Praga tem todo esse imaginário e mais algum. Mais uma vez, e tal como em Pilzen (podem ler mais sobre essa cidade checa aqui), Praga é uma cidade absolutamente linda, que nos transporta para os tempos negros de Idade Média.
É engraçado que ao rever as viagens que fiz nos últimos tempos a maioria delas aconteceram no inverno, uma estação que não é agradável para toda a gente, mas que para mim é uma altura mágica, onde podemos presenciar um inverno que, na maior parte dos países europeus, não tem nada a ver com o nosso.
Concentremo-nos então em Praga, a cidade das bruxinhas como eu simpaticamente a apelidei.


O CASTELO

O tempo era curto e no último dia do ano a cidade preparava-se para  a entrada em 2017. A visita foi a mais simples possível, apenas os pontos principais da cidade, logo a começar pelo castelo. 
O castelo não é só um castelo, é um conjunto de complexos onde encontramos o castelo, a catedral, ruas, jardins, etc.
Ao atravessar os muros da entrada, o que sobressaiu mais à vista foram as torres da catedral que me transportaram de imediato ao universo do Harry Potter e das torres de astronomia do Castelo de Hogwarts. 
Todo o complexo tem a sua beleza, com uma mistura de estilos de arquitetura devido aos diferentes anos de construção todo o castelo é completamente evidente. 
Já dentro das imediações, o queixo caiu-me ao passarmos por baixo de um arco e encontrarmos de frente a frente da Catedral de São Vito com uma altura brutal, tal como toda a arquitetura e pormenores que a compõem. Difícil foi colocar toda esta grandeza dentro de uma fotografia. Na minha cabeça a pergunta é sempre a mesma: como conseguiram eles, naquela altura, construir esta brutalidade? Acho que precisava de ver para acreditar.
Dentro das muralhas, mas também fora, encontrámos as típicas feirinhas de inverno que preenchiam o ar de cheiros, desde carne a assar nos espectos, até vinho quente ou o cheiro (já) enjoativo de açúcar e doces. Os brinquedos para os mais pequenos também faziam as delícias, em especial os de madeira como as famosas marionetas.
Já fora do castelo, e descendo as ruas da cidade, os cheiros acompanhavam-nos, assim como o frio que se intensificava à medida que o sol se punha, eram apenas 16h. Não é de admirar que este tipo de capitais europeias estejam repletas de cafés e lugares cozy para ficarmos. Ninguém aguenta andar na rua muitas horas seguidas e estes locais tornam-se os nossos melhores amigos para aquecer os pés e descansar.









CHARLES BRIDGE

A Charles Bridge é uma das pontes mais conhecidas de Praga. Repleta de figuras religiosas, durante o dia encontram-se imensos vendedores de quadros e pequenas peças de arte ao longo da ponte. Foi aqui que também abusei (muito) da máquina fotográfica e das mais diversas perspetivas que a vista nos oferecia.
Esta é uma das pontes mais movimentadas e um dos locais privilegiados da cidade. Foi aqui que nos despedimos de 2016 e entrámos em 2017. 





O RELÓGIO DE ASTRONOMIA

Do outro lado, e depois de mais umas tantas ruas, o símbolo máximo desta capital: o relógio de astronomia, com um complexo funcionamento, inalcansável para o comum do turista. 
Encaixado numa das paredes da Câmara de Praga, o relógio toca de tempo em tempo, com umas personagens que surgem nas pequenas janelas e que ajudam a construir uma história sinistra por detrás de todo o encanto do relógio. 




JOHN LENNON WALL

Estive com a minha amiga em Praga em dois dias diferentes: no dia 31 de dezembro e no dia 2 de janeiro. Fomos à John Lennon Wall no segundo dia, dia em que explorámos melhor algumas  zona que já tínhamos ido, bem como outras diferentes, como esta que vos vou falar.
A parede que os checos dedicaram a John Lennon, um dos eternos membros dos The Beatles, é feita por todos nós e para todos nós. Nesta parede encontramos desenhos, tags e uma imensidão de mensagens, a maioria alusivas a paz e amor para o mundo. Torna-se confuso porque o espaço já está muito preenchido, com uma mistura de cores que nos leva a aproximar para ler melhor algumas das mensagens ali deixadas. Quando regressei a Portugal fui pesquisar mais sobre este spot que se tornou famoso quando alguns jovens checos decidiram ali deixar mensagens de esperança numa altura em que a República Checa vivia ainda agregada à URSS.
A parede é uma simples parede, localizada numa rua de Praga. As mensagens nela inscritas é que a tornam especial, principalmente porque todos os dias o aspeto deste mural muda.




PRAÇAS E RUAS

Por ali, e a toda a volta, em cada beco e em cada rua, os edifícios e todo o ambiente ao redor fazem lembrar contos infantis e a idade média. Embora bonitos e imponentes, as cores são escuras e sombrias, com torres altas, encerradas por pináculos e cúpulas a lembrar o gótico. 
Os mercados de Natal estavam por toda a parte e era impossível sair da cidade sem provar o famoso trdelnik, uma espécie de bolo, coberto com açúcar e canela (pode também ser recheado por dentro).



Ficou ainda muito por conhecer nesta cidade, uma vez que tive oportunidade de conhecer outros locais da 
República Checa. O regresso a Praga é obrigatório e se for com frio será ainda melhor.